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04
Dez07

Nadir Afonso

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Catálogo da exposição de Nadir Afonso na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 1970. (Consulte o site oficial de Nadir Afonso em http://www.nadirafonso.com/)

 

   O trato afável e a lhaneza são algumas das características que mais me sensibilizam em Nadir Afonso. Num mundo de sobranceria hipócrita estas são qualidades notáveis. Qualidades que lhe reconheço desde a minha maturidade, mas das quais desconfiava desde a minha adolescência.

   Trabalhava ele no seu atelier de Chaves, na Rua de Sto. António. Localizado num espaço incrível, quase labiríntico. A entrada fazia-se por uma loja de fotografia, seguindo-se depois por um corredor exterior até ao laboratório, ao fundo do logradouro. À esquerda de quem entrava ficava um edifício recente, com um pequeno pátio fronteiro, onde se localizava o atelier. À direita, um pequeno jardim em terra batida, que levava a uma varanda. A varanda que dava para a Rua de Sto. António, onde Nadir ou o seu irmão Lereno se sentavam à sombra, conversando com amigos ou acompanhando com o olhar o movimento da rua.

   Era no espaço simultaneamente público e privado do pátio que nós, crianças, fazíamos as nossas corridas de caricas, por entre altos gritos e exageradas manifestações de alegria. Os gritos ouviam-se no atelier como se fossem lá dentro. Os gestos viam-se do atelier como se ali acontecessem. Nunca Nadir nos repreendeu ou nos mandou ir dar uma grande volta. Nunca. Hoje, nem eu próprio sei se teria paciência, ou concentração suficiente, para aturar tamanha algazarra...

 

Nadir Afonso (Chaves, 4 de Dezembro de 1920), Les Yeux du Prisme, serigrafia (E86/200) publicada em conjunto com o seu livro Le Sens de l'Art (1983).

 

    Mais tarde, eu cada vez mais no estrangeiro, o Nadir cada vez mais em Portugal, aconteceram as longas e serenas conversas sobre a arte e a cidade, sempre que nos encontrávamos em Chaves, nas tardes de verão. A pedido, as histórias de Nadir discorriam sobre episódios da infância (a misteriosa senha "counteract it" que usava com um amigo e os anos que demorou a descobrir o livro onde tinha lido a expressão), as relações e os estágios com Le Corbusier e Niemeyer (ah, o famoso génio de Le Corbusier...), as relações com outros pintores amigos e a sua admiração por eles (o Dewasne, o Mortensen, o Vasarely... O Vasarely da famosa história sobre a forma que estava errada num quadro de Nadir e ambos corrigiram quase em simultâneo), e o rigor das formas e da arte. Enfim, o rigor da fé que Nadir sempre professou.

 

    

Catálogo da exposição de Nadir Afonso (período egípcio) na Galeria S. Mamede, Lisboa. 1984.

 

   Com  a distância, vieram entretanto os esparsos cartões e bilhetes postais. E creio que o Nadir, quando recebia um cartão meu desejando-lhe Feliz Ano Novo, a 4 de Dezembro, nunca percebeu que era do ano novo dele que eu estava a falar e não do ano novo que todas as outras pessoas celebrariam a partir de Janeiro... Até hoje.

   Feliz Ano Novo, Nadir! 

 

 

Cabral Antunes (1916-1986), medalha em prata (36/99). Homenagem do município de Chaves a Nadir Afonso (1982).

 

© Blog da Rua Nove

16
Out07

Termas e Águas Medicinais - Chaves

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Bilhete postal da década de 1920. Edição da "Sociedade de Defeza e Propaganda de Chaves". Cliché da Fotografia Alves – Chaves.

 

   A exploração destas águas foi atribuída à Câmara Municipal de Chaves por alvará de 11 de Outubro de 1899, tendo-lhe sido concedida uma área reservada de 50 hectares por portaria de 11 de Março de 1922.

   Estas águas, classificadas como carbonatas sódicas e hipertermais de acordo com uma análise de 1940, brotam a uma temperatura de 73º graus Celsius, sendo na época recomendadas para reumatismos e dermatoses.

   Em 1940, as termas de Chaves, actualmente uma das principais estâncias balneares do país, não dispunham de corpo clínico nem de outras instalações balneares para além de um edifício inaugurado em 1934 (ilustrado abaixo), onde se procedia à captação de águas e sua distribuição aos aquistas. 

   Os banhos de imersão eram dados nas pensões que circundavam as nascentes, como a Pensão Jaime e a Pensão Moderna. 

   Para informações mais detalhadas sobre estas termas, consultar http://chavesantiga.blogs.sapo.pt/117154.html e o site oficial (em remodelação, pelo que a sua consulta será reenviada para o site antigo) http://www.termasdechaves.com/.

 

Bilhete postal da década de 1930. Edição da Foto Alves – Chaves.

 

© Blog da Rua Nove

05
Jun07

Termas e Águas Medicinais - Vidago Salus

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2 - Vidago - Hotel Salus, edição da mercearia de António Fraga, Vidago.

Cliché de Fotografia Alves - Chaves. Década de 1920.

 

   O Hotel Salus, mais tarde Hotel do Golf, foi o segundo grande edifício hoteleiro a ser construído em Vidago no início do século XX, uma década após o Palace Hotel. Financiado pelo empresário Pereira Bastos, foi inaugurado no verão de 1918, tendo como gerente Gonçalves Saldanha. 

 

Portugal – VIDAGO – Hotel do Golf, edição de Augusto Rodrigues, Vidago.

Cliché de Fotografia Alves - Chaves. Circulado em Setembro de 1942.

 

   Acreditando no charme desta estância, Pereira Bastos promoveu nas oficinas da ourivesaria da Guia a elaboração de uma baixela de prata, monogramada, com cerca de 1200 peças, para uso dos hóspedes do hotel. (Algumas dessas peças encontram-se reproduzidas abaixo.) No final da década de 1930 o hotel já se denominava Hotel do Golf. Nessa altura renovou-se a sala de jantar, construindo-se uma pérgola adjacente, e estabeleceu-se uma copa

 

      

 

   Em 1940 a Direcção de Minas e Serviços Geológicos classificou as águas de Salus como carbonatadas sódicas, carbogasosas e pouca radioactivas pelo radon, sublinhando os relatórios oficiais a acção benéfica que as águas exerciam sobre os diabéticos.

 

Fonte Salus - VIDAGO. A mais rica das aguas alcalinas, edição da empresa Salus.

Circulado em Setembro de 1915. (Notem-se os edifícios inacabados.)

 

   A concessão de exploração destas águas foi efectuada a 13 de Abril de 1912, tendo a Companhia Portuguesa de Águas Salus (Vidago) recebido o alvará de transmissão em 30 de Junho de 1925.

 

1 - Vidago - Fonto Salus, edição da mercearia de António Fraga, Vidago.

Cliché de Fotografia Alves - Chaves. Década de 1920.

 

   No final da década de 1930, a frequência da fonte Salus, com fins terapêuticos,  foi extremamente reduzida, registando-se apenas 124 aquistas em 1938, 111 no ano seguinte e 153 no ano de 1940. Note-se que, nesses mesmos anos, a fonte Vidago registou sempre frequência largamente superior aos mil aquistas.

  

Imagem de celulóide com movimento, produzida em Berlim na década de 1920.

 

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