Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blog da Rua Nove

Blog da Rua Nove

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2011
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2010
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2009
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2008
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2007
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
30
Jan08

Autógrafos - Helena Marques

blogdaruanove

 

Helena Marques (n. 1935), A Deusa Sentada (1994; presente edição, 3.ª, 1998).

 

 

   Tendo efectuado uma carreira de jornalista durante mais de três décadas, Helena Marques publicou o seu primeiro romance em 1992, O Último Cais, obra que mereceu vários galardões, entre os quais o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Seguiram-se-lhe este volume, Terceiras Pessoas (1998) e Os Íbis Vermelhos da Guiana (2002).

   De A Deusa Sentada, obra que relata uma viagem a Malta em busca do passado e das memórias de algumas personagens, transcrevem-se três parágrafos:

 

   "Desceram Merchants Street em silêncio, os olhos errando no pedaço de mar azul-cobalto pintado no fundo da rua, um azul demasiado forte, demasiado teatral para ser verdadeiro. Mas era verdadeiro e surgia assim, desmesuradamente azul, exageradamente azul, como uma fantasia ou uma incongruência, no limite das ruas de valletta que desembocam, invariavelmente, num dos três lados da alta península de Sceberras, entre o porto de Marsamxett e o Grand Harbour.

   O silêncio de Matilde tinha a força natural dos velhos hábitos, o conforto de uma capa com que defendia a vulnerabilidade das emoções, a serenidade de quem desaprendeu o prazer de exteriorizar e possui a sabedoria de resolver dentro de si própria as alegrias e as feridas. Em Laura, pelo contrário, o silêncio nascia apenas da impossibilidade de exprimir a sua enorme e comovida perturbação, se Lourenço ali estivesse ter-se-ia apoiado nele, encostado ao seu ombro, partilhado esse silêncio fecundo e eloquente, balbuciado todas as exclamações, naquele momento pensava justamente nas palavras que seria necessário descobrir, reinventar, para explicar a Lourenço a extraordinária descoberta da Catedral de S. João, o turbilhão de sentimentos perante a inesperada dádiva da perfeição.

   Por fora o edifício era de grande simplicidade arquitectónica e nada as preparava para o deslumbramento do interior. Ofuscadas pela luz intensa da manhã mediterrânica, haviam levado uns segundos a ajustar-se à penumbra da igreja – até que, na passagem infinita de um momento de sombras para um momento de revelação, foram emergindo volumes e formas, cores densas, ouros velhos, mármores sumptuosos, talhas e pinturas, tudo foi emergindo lentamente, quase magicamente, peça a peça, passo a passo, como se cada elemento lhes saísse ao encontro e se lhes apresentasse na sua inconfundível, inexcedível beleza individual, para regressar depois ao seu lugar singular e eterno na perfeita harmonia do conjunto." 

 

© Blog da Rua Nove  

30
Jan08

Cromos dos Anos 60 - Wartburg

blogdaruanove

 

Wartburg 1000

Cilindrada: 991 c. c.

Consumo: 8 l/100 km

Taxa de compressão: 7,5

Potência: 45 Cv. DIN

Velocidade máxima: 125 km/h

Travões: tambor às 4 rodas

Motor: 3 cilindros

Tracção e motor: traseiros

País: Alemanha Oriental

 

Motor a 2 tempos e caixa de 4 velocidades sincronizadas.

 

© Blog da Rua Nove

30
Jan08

Aspectos do Vidro em Portugal no Século XX

blogdaruanove

  

Garrafas licoreiras em vidro branco transparente, moldado, com bases e tampas em vidro colorido transparente, estas últimas lapidadas. Peças provavelmente produzidas na Marinha Grande. Década de 1940 ou 1950.

 

   As vantagens do vidro moldado foram particularmente exploradas em garrafas licoreiras, que não apresentavam outra decoração senão a própria forma e a combinação de duas cores, apresentando um toque particularmente elegante nas tampas coloridas e lapidadas, uma imagem características da indústria vidreira nacional durante o período Art Déco.

   Já nas décadas de 1950 e 1960 voltou a recorrer-se com maior insistência à combinação da cor e da forma complementadas com motivos gravados no vidro. Estas garrafas licoreiras eram acompanhadas por um conjunto de seis, por vezes doze, copos com as mesmas características

 

Garrafa licoreira em vidro branco transparente, moldado, com tampa em vidro verde transparente. Corpo da garrafa com decoração gravada. Peça provavelmente produzida na Marinha Grande. Década de 1950 ou 1960.

 

© Blog da Rua Nove

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2011
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2010
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2009
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2008
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2007
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D