Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blog da Rua Nove

Blog da Rua Nove

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2011
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2010
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2009
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2008
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2007
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
23
Jan08

Navio Vera Cruz

blogdaruanove

O paquete Vera Cruz, ilustração de Gordon Ellis (1921-1979).

 

   “E o tropa, mandado às urtigas como se sarna tivesse, por aqueles a quem defendia o rabiosque e a propriedade, criava o seu clã: os tropa. E ficava tudo em família, era mesmo uma festa, uma alarvice sem propósito, maneiras rascas, coisas primitivas de quem nasceu nas berças, desceu a Lisboa ainda de cueiros, vestiram-lhe uma farda e só viu o mar, pela primeira vez, a bordo do “Vera Cruz”, navio negreiro. E era uma coisa alegre e rude, aquele caminhar sem jeito pelas ruas da baixa [de Luanda], os gritos, as vozes estridentes, a gargalhada por tudo e coisa nenhuma que provocavam a repulsa constrangida dos brancos e a adesão dos pretos miseráveis que se amontoavam, com as suas caixas de graxa, nas praças e esplanadas. Só as “bichas” nos sorriam, nos davam atenção, estendiam a ponte entre nós e a cidade alheia. Por interesse, claro. Pagavam-nos os finos, convidavam-nos para jantar, levavam-nos às boîtes da ilha ver os travestis: aplanavam terreno, os sabidos.”

 

in Os Navios Negreiros Não Sobem o Cuando (1993), de Domingos Lobo.

 

© Blog da Rua Nove

23
Jan08

Autógrafos - Domingos Lobo

blogdaruanove

 

Domingos Lobo (datas desconhecidas), Os Navios Negreiros não Sobem o Cuando (1993).

 

 

   Jornalista e dramaturgo, Domingos Lobo iniciou o seu percurso de romancista com a presente obra. Havia até então elaborado as peças Pensa Enquanto Tens Cabeça (1978), Vida e Morte de um Português Mal-Comportado (1980), representadas pelo grupo de teatro  A Comuna, Veneno, difundida pela RDP1, e Um Violino na Lama (1992), peça sobre a vida e obra do escritor José Gomes Ferreira (1900-1985).

   Um extraordinário relato da vivência militar em África durante o final da década de 1960, Os navios Negreiros não Sobem o Cuando, combina de forma particularmente interessante uma evocação subtil e erudita de Eros e Thanatos com a frontalidade brutal das misérias e do quotidiano do conflito colonial em Angola. Uma obra que merece certamente ser recuperada do esquecimento em que se encontra, que merece ser reeditada e merece entrar nos grandes circuitos comerciais.

   Deste romance transcrevem-se três parágrafos:

 

   "Estou-me borrifando prà morte, pá, dissera o Barão uma noite, a poesia e a música é que me hão-de salvar deste atoleiro. O Barão era o animador privativo das nossas noites de cerveja e petisco. O Barão cantava e nós imaginávamos Trindades  na mata, com o Eusébio a mandar vir marisco, o Baptista-Bastos à conversa com o Manuel da Fonseca, o Diniz Machado com o Molero entre portas, o João Gaspar Simões a dizer que os "Cem Anos de Solidão" era uma trampa de romance, e que mais tarde ou mais cedo isto virava tudo em em Garcias e Marquez e pouca vergonha – e outras amoráveis visões quejandas. E uma cervejinha agora, mesmo à temperatura ambiente, até vinha a calhar.

   Transpirávamos, os poros dilatavam-se e um óleo espesso, nauseante, escorria pela pele, doía nas axilas e nas virilhas, fervíamos por dentro a todo o  vapor como as panelas de pressão na messe: íamos rebentar. O Belezas tremia rezando à deusa Walther cada vez mais perdida e insignificante na cratera das mãos papudas, o Santos limpava o suor que lhe limpava os olhos vermelhuscos, assustados, com um lencinho que sua mãe lhe ofertou quando ele, menino obediente e respeitador, fez a primeira comunhão. O Branco estava pálido, blasfemava: se esta merda não acaba já fodo os macacos todos; desabafou – eu numa lástima como se imagina pelas amostras juntas. O Barão, que limpava, sereno e absorto, as unhas com a faca de mato, levantou-se ligeiro, foi à trouxa, tirou a viola do saco e começou a trautear alto e bom som o "A Little Help From My Friends". Primeiro moderato pianíssimo, après cantabile, pui forte, allegro, por aí fora numa salganhada de sons desavindos e inglês de doca, o pessoal atónito chiu, cala-te merda e o Barão na sua Lend me Your ears and I'll sing you a song, And I'llytry not ro sing out of key [sic]. I get high with a little help from my friends, o Belezas estupefacto com o insólito isto é de mais, vão matar-nos a todos, fecha a fossa bitle de merda, o Barão caprichando nos compassos, arrebatado no despropósito Do you need anybody, I need somebody to love. Could it be anybody I want somebody to love. A malta, pouco a pouco aconchegada à melodia, foi-se adaptando àquele disparate, entrando a a arranhar o refrão, trauteando a medo e o Barão, dominador, pedia coro, força malta, Yes I get by with a little help from my friends, vá, malta, outra vez com mais força encham os pulmões carago What do you see when you turn out the light, I can't tell you, but I know it's mine, força nessas goelas para os gajos não pensarem que estamos todos borrados. Oh I get by with a little help from my friends, Do you need anybody, I just need somebody to love, quem está borrado?, ninguém gritava o coro da berliet, ninguém, with a little help from my friends, ninguém gritava [sic] de pulmões acesos os mais afoitos, os outros, num inglês príncipe-de-gales a metro da Rua dos fanqueiros, perdidos em sustenidos e bemóis, refraoavam o que a garganta dava: Oh I get by with a little help from my friends, era lindo de ver, no assustar da passarada, no espantar dos répteis, no exorcisar dos fantasmas e dos medos. esconjuravam em coro tenebroso, aos ares da mata da Kapua, os assombros e a fúria, a vida toda exposta num grito de socorro.

   Ao longe avistava-se já o fim da mata, uma claridade frouxa ao fundo da picada, o começo de deserto, o fim do pesadelo. O dia começava a despontar em fios de ovos no alto dos embondeiros."

 

© Blog da Rua Nove

03
Dez07

Literatura Colonial Portuguesa

blogdaruanove

 

Artur Augusto [da Silva] (1912-1983), A Grande Aventura (1941).

Capa de Luís Dourdil (1914-1989).

 

   Tendo nascido em Cabo Verde, Artur Augusto da Silva veio a passar a sua infância e adolescência entre Portugal e a Guiné. Alguns anos depois de concluir o curso de Direito, em Lisboa, partiu para Angola. Aí permaneceu durante o final dos anos trinta e início dos anos quarenta, radicando-se na Guiné no final dessa mesma década.

   O percurso literário do autor iniciou-se em 1931 com o volume de poesia Mais Além e ficou marcado pela censura ao seu segundo livro, Sensuais / Helena Maria (1933), assinado com o pseudónimo Júlia Correia da Silva, um livro apreendido e destruído pela polícia.

   Para além de outras obras de ficção e ensaio, Artur Augusto publicara já antes deste romance duas monografias sobre artistas portugueses – António Soares (1937) e Jorge Barradas (1938), a que se seguiu em 1944 novo volume – João Carlos: um artista do livro, uma monografia sobre o escritor e ilustrador João Carlos Celestino Gomes (1899-1960) [ver alguma da sua arte gráfica em http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/150192.html]. O interesse do autor pela pintura e ilustração não seria estranho ao facto de ser irmão de João Augusto da Silva (n. 1910), que havia escrito e ilustrado o volume Grandes Chasses [a ser reproduzido posteriormente neste blog] para a exposição de Paris de 1937. Já depois de radicado na Guiné, Artur Augusto da Silva dedicou particular atenção às tradições e leis dos seus povos, tendo publicado, entre outros estudos, Usos e Costumes Jurídicos dos Fulas da Guiné Portuguesa  (1958) e Usos e Costumes Jurídicos dos Felupes da Guiné (1960).

   Enquanto poeta, o autor colaborou com a revista Claridade, de Cabo Verde, e com as revistas Seara Nova e Vértice, entre outras.

   O romance A Grande Aventura relata a viagem de um jovem para Angola, onde vai exercer um cargo administrativo, e a sua descoberta da vida em Luanda e no interior. Conclui-se com a decisão do jovem de permanecer no território, mesmo depois de a sua colocação ter sido cancelada. Aí, no final da narrativa, começa a sua grande aventura.

   Pela obra perpassa a evocação directa da obra de João Augusto da Silva, no episódio da caçada, e a emoção da descoberta da grande África por um jovem. A tudo isto se sobrepõe o sentimento de dever colonial, bem expresso na dedicatória do romance – "Aos colonos d'África a quem devo a maior lição que um homem pode tomar: a de que não há merecimento na vida quando não sabemos conquista-la, hora a hora, com o nosso próprio sangue. A êsses homens obscuros que para ali vão, e morrem sem terem regressado a suas casas, como se cumprissem um destino."

 

© Blog da Rua Nove

26
Nov07

Literatura Colonial Portuguesa

blogdaruanove

 

Maria Ondina [Braga] (1932-2003), Eu Vim para Ver a Terra (1965).

   Embora vários autores portugueses dos séculos XIX e XX tenham passado pelo Oriente e reflectido, de maneira directa ou indirecta, essa estadia na sua literatura – vejam-se os casos de Wenceslau de Moraes (1854-1929), Camilo Pessanha (1867-1926) e Joaquim Paço d'Arcos (1908-1979), entre outros, Maria Ondina Braga surge no século XX como a principal autora portuguesa de ficção ligada a Macau, em particular, e à China em geral.

   Este seu livro de estreia, Eu Vim para Ver a Terra, apresenta-nos um conjunto de textos sobre Angola, Goa (precisamente em 1961) e Macau, mas são as crónicas de Angola – A Terra, De Luanda a Salazar, De Salazar a Malanje, A Chuva, Cacimbo, Flor da Terra, Mãe Preta, Mercado Indígena, Velho Roque, Nova Lisboa, A Missão do Lombe e as Castanholas da Irmã Manuela, Páscoa – 1961, mais do que as de Macau, que acabam por nos cativar na sua sensibilidade e nos deixam a promessa de toda a literatura notável que a autora haveria de produzir posteriormente.

   Surgem nestas crónicas fragmentos particularmente belos. A Chuva, Cacimbo, Flor da Terra, Mãe Preta e Mercado Indígena oferecem-nos a expressão de um lirismo a que não podemos ficar insensíveis e deixam-nos impressões de mundos que a maioria de nós apenas pressente. Como se a empatia da autora tivesse absorvido a fugacidade de universos momentâneos e os tivesse cristalizado em toda a sua beleza – a frescura dos aromas e das cores, a humidade e o calor da terra, a alegria e o sofrimento das gentes, criando um políptico perene que retira do húmus dessa terra o seu carácter profundamente humano.

 

© Blog da Rua Nove

17
Set07

Literatura Colonial Portuguesa

blogdaruanove

Capa e ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia (1907-1957).

 

Castro Soromenho (1910-1968), Calenga (1945).

   Um dos maiores prosadores da literatura colonial portuguesa, Castro Soromenho legou-nos uma obra sui generis, porque centrada quase exclusivamente nas temáticas e nas narrativas perspectivadas segundo as tradições e a cultura dos povos nativos de África.

   Numa época em que no nosso país ressurgia e se consolidava politicamente o conceito de império colonial e os escritores se extasiavam perante a grandeza de África e todas as potencialidades que esta apresentava para a colonização, Castro Soromenho extasiou-se perante as tradições de sociedades que lhe pareciam estar ameaçadas pela cultura ocidental e perante a sabedoria dos povos dessas sociedades, como os "lundas, êsses poetas da planície". 

   Castro Soromenho ousou ainda levantar uma voz dissonante da voz do regime. "Ama, 'mãe negra', é essa saüdade, velha de mais de trinta anos, que invoca a tua memória ao findar êste livro dos homens da tua raça infeliz.", afirma o autor no seu preâmbulo a este livro. Pagou essa sua opção consciente e sentida de homenagem aos povos negros de África com o silêncio oficial sobre a sua obra. E com a proibição ou censura da maioria dos seus trabalhos. Terra Morta, um romance da década de 1940, surge referenciado na lista bibliográfica de Calenga com a seguinte nota – "Não pode entrar no mercado", verificando-se a sua publicação apenas posteriormente, já na década de 1960. Esta obra, em particular, teve várias reedições nas últimas três décadas.

   Duas novelas integram o livro Calenga, 'Calenga e a lenda dos rios do amor e morte' e 'Lueji e Ilunga na terra da amizade'. A primeira narra a história de Calenga, o menino que cresceu para ser soba dos calambas,  e o seu encontro com os cassongos. A segunda apresenta-nos a história da criação do país dos lundas, "como êles a contaram a Henrique de Carvalho [1843-1909], o grande explorador da Lunda, e eu a ouvi nos seus sertões", conforme diz o autor.

   Dois textos cujas narrativas fluem naturalmente, mostrando que uma aparente simplicidade discursiva pode ser sinónimo de excelente literatura.

 

© Blog da Rua Nove 

10
Set07

Literatura Colonial Portuguesa

blogdaruanove

Ilustração de José de Moura (datas desconhecidas).

 

Eduardo Metzner Leone (1914-1987), Na Terra do Café (1946). 

   Metzner Leone escreveu durante as décadas de 40 e 50  várias obras de ficção e teatro, tendo posteriormente enveredado por obras de fundo histórico e ensaístico e obras de investigação jornalística. Nesta última qualidade, é apontado como alguém que possuía informações preciosas sobre o mistério que, em 1971, durante a guerra colonial, envolveu o navio Angoche nas águas de Moçambique. Assinale-se que o autor colaborou também como guionista no filme Encontro com a Morte (1965), de Arthur Duarte (1895-1982), um filme proibido em Portugal, na época (http://www.imdb.com/title/tt0259295/).

   O romance Na Terra do Café, cujo espaço de acção decorre na região de Gabela, no centro oeste de Angola, onde se encontravam os extensos cafezais de Amboim, traça-nos o perfil de um jovem colono nomeado pela primeira vez como feitor de uma roça, que acaba por ser vítima da sua própria inexperiência, da sua inconstância amorosa e dos seus preconceitos raciais.

   O envolvimento do feitor com a fula Uamba, o seu relacionamento tenso com alguns administradores da companhia e a descoberta de um mundo que lhe era totalmente estranho surgem como núcleo da estrutura narrativa. Uma narrativa complementada com a descrição, interessante e verosímil, daquele que seria o quotidiano de uma roça de café na época.

   Uma obra de leitura fácil e atraente, com um enredo que envolve o leitor e o deixa em suspense, sobre o futuro do protagonista, até à última dezena de páginas.

 

 

© Blog da Rua Nove

06
Set07

Aspectos do Comércio entre S. Tomé e Príncipe e Portugal

blogdaruanove

CONGO, das Land Congo. Mapa de Allain Manesson Mallet (1630-1706), impresso em Frankfurt em 1686, representando S. Tomé e Príncipe, Angola e o célebre Reino de Monomotapa.

  

   Os 23 conhecimentos de embarque da Empresa Nacional de Navegação consultados, referentes ao período entre 1885 e 1905, incluem 5 documentos de exportação de S. Tomé e Príncipe para Portugal, dos anos de 1898, 1900, 1901, 1904 e 1905.

   Os produtos exportados foram cacau, café e quina (de cuja casca se extrai o quinino), registando-se nesses documentos uma exportação total de 78.868 quilos (1.321 sacos) de cacau, 38.955 quilos (648 sacos) de café e 13.902 quilos (234 fardos) de quina. 

   As exportações foram realizadas pela Roça Monte Café, sendo os documentos emitidos quer em nome de Frederico Biester quer em nome de Claudina de Freitas Chamiço.

   Em Lisboa, surge como destinatária em quatro documentos uma companhia carregadora não especificada, sendo Amélia Chamiço Biester referida como destinatária no conhecimento de 2 de Janeiro de 1900.

   Em 1898 e 1900, o imposto de selo pago na alfândega de Lisboa foi de 100 reis, não havendo aposição de selo nos conhecimentos dos restantes anos.

 

LISBOA. – (Portugal). Doca da Alfandega vista do Tejo. Bilhete postal circulado de Ribeira, Lourinhã, para S. Pedro do Sul, em 4 de Outubro de 1908.

 

© Blog da Rua Nove

06
Set07

Fazenda Tentativa - Angola

blogdaruanove

 

Fotografia original com a seguinte legenda manuscrita no verso:

 

"Fazenda Tentativa - plantação e fabrico de assucar.

 Em fente da fabrica vendo-se ao centro o gerente tecnico e algum do pessoal empregado no transporte da cana de assucar. Tem a produção de 350 toneladas diarias. 4 - 8 - 932"

 

A Fazenda Tentativa situava-se no Alto Dande, uma região a nordeste de Luanda, Angola.

 

© Blog da Rua Nove

27
Ago07

Documentos - Conhecimento de Embarque de 1900

blogdaruanove

 

   Conhecimento de embarque de mercadorias no vapor Cabo Verde, ancorado no porto de Moçâmedes, com destino a São Tomé. Documento datado de 10 de Maio de 1900.

   A carga despachada por Torres & Irmão para Matheus de Bono Paula, administrador da Roça Monte Café,  constava de 30 malas com 60 arrobas de peixe comum.

 

© Blog da Rua Nove

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2011
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2010
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2009
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2008
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2007
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D