Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blog da Rua Nove

Blog da Rua Nove

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2011
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2010
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2009
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2008
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2007
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
31
Mai07

R. M. S. Aquitania

blogdaruanove

Cartaz de Kenneth D. Shoesmith (1890-1939) representando

o R.M.S. Aquitania a entrar no porto de Nova Iorque

 

   O navio Aquitania era, na década de 1920, o navio principal da companhia Cunard Line e foi o último dos paquetes com quatro chaminés. José Rodrigues Miguéis (1901-1980), menciona-o brevemente no espaço ficcional, situado em 1935, do conto Gente da Terceira Classe (do livro homónimo publicado em 1962). Recorda-nos assim que, apesar de todo o seu glamour, este navio também possuía terceira classe e era utilizado para transportar emigrantes nas viagens entre a Europa e os Estados Unidos:

   " Vou encontrar a maioria destes compatriotas em Southampton, espalhados por hospedarias manhosas, à conta das empresas de navegação ou dos agentes de viagens. Todos eles com bandeirinhas na lapela ou no peito da blusa, para se não tresmalharem nem confundirem, como cabeças de gado com o "ferro" do dono. Aflitos, à procura do Aquitanha, diz uma, ou do Manhatão, diz a madeirense."

   As suas características quatro chaminés permitiram à tripulação estabelecer um método peculiar de classificar o nevoeiro, contando o número de chaminés visíveis a partir da ponte de comando – nevoeiro de quatro chaminés, de três chaminés... Quando o número de chaminés visíveis era inferior a três, todos passavam a confiar na sorte para que a navegação decorresse sem incidentes.

   O Aquitania, um navio de 45.000 toneladas, constituía o orgulho da Cunard Line na década de 1920, juntamente com o Mauretania (32.000 tons.) e o Berengaria (52.000 tons.). Depois de servir para transporte de tropas durante a II Grande Guerra,  foi retirado do serviço em 1950, ultrapassando em vários anos o tempo de serviço do Berengaria e do Mauretania, retirados em meados da década de 1930.

 

© Blog da Rua Nove

05
Fev07

O Nome da Rosa

blogdaruanove

 

Manhattan.

Ao contrário de muitos dos meus amigos, nunca considerei Nova Iorque o vértice supremo e inultrapassável do cosmopolitismo. A vida na cidade levou-me a dissipar preconceitos imaginários e a desdenhar de artificiais lendas urbanas. O quotidiano foi gerindo os meus espaços e gerando os meus afectos. A Rua Nove. A Rua Nove e as proximidades da Sexta Avenida, da Greenwich Avenue e da Christopher Street. Mas também a proximidade dos bares gay, onde a alegria, apesar de muitas vezes artificial, parece ser eterna. E a proximidade da Rua Onze, com o seu pequeno retalho oitocentista do Segundo Cemitério Judeu Hispano-Português. E a proximidade da Washington Square, onde os estudantes da NYU se juntam, e os espectáculos de rua se sucedem e os polícias e passadores de droga jogam um jogo que parece um interminável filme cómico do cinema mudo. E a memória da boémia do início do século XX. E a memória de Frances Loring e Florence Wyle, The Girls, as escultoras que já tinha encontrado em Toronto. E a parada do Halloween, em Outubro. E a parada do Orgulho Gay, em Julho. E as ambulâncias que passam sem cessar para o hospital da Sétima Avenida. E os bombeiros sempre alerta e em contínuo movimento. E o ruído que não nos deixa adormecer, nunca. E o William Carlos Williams e o Charles Demuth e o Robert Indiana, com as suas versões da Figure Five in Gold, todas únicas e diferentes na sua clonagem criativa. E este edifício que já foi prisão de mulheres no século XIX e agora é biblioteca. E os fantasmas que os leitores conjuram da biblioteca do Umberto Eco, que antes foi do Jorge Luis Borges. E a poeira do 11 de Setembro, the necrotic dust dos pesadelos dos nova-iorquinos. E o cheiro acre das cablagens subterrâneas, inalado durante meses sem fim. E o memorial de azulejos avulsos, presos no gradeamento da esquina da Greenwich Avenue com a Sétima Avenida. E o uivo das sirenes. E o silêncio da cidade, que não se ouve. Nunca!

...Este é o blog da Rua Nove.

 

© Blog da Rua Nove

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2011
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2010
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2009
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2008
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2007
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D