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10
Set07

Literatura Colonial Portuguesa

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Ilustração de José de Moura (datas desconhecidas).

 

Eduardo Metzner Leone (1914-1987), Na Terra do Café (1946). 

   Metzner Leone escreveu durante as décadas de 40 e 50  várias obras de ficção e teatro, tendo posteriormente enveredado por obras de fundo histórico e ensaístico e obras de investigação jornalística. Nesta última qualidade, é apontado como alguém que possuía informações preciosas sobre o mistério que, em 1971, durante a guerra colonial, envolveu o navio Angoche nas águas de Moçambique. Assinale-se que o autor colaborou também como guionista no filme Encontro com a Morte (1965), de Arthur Duarte (1895-1982), um filme proibido em Portugal, na época (http://www.imdb.com/title/tt0259295/).

   O romance Na Terra do Café, cujo espaço de acção decorre na região de Gabela, no centro oeste de Angola, onde se encontravam os extensos cafezais de Amboim, traça-nos o perfil de um jovem colono nomeado pela primeira vez como feitor de uma roça, que acaba por ser vítima da sua própria inexperiência, da sua inconstância amorosa e dos seus preconceitos raciais.

   O envolvimento do feitor com a fula Uamba, o seu relacionamento tenso com alguns administradores da companhia e a descoberta de um mundo que lhe era totalmente estranho surgem como núcleo da estrutura narrativa. Uma narrativa complementada com a descrição, interessante e verosímil, daquele que seria o quotidiano de uma roça de café na época.

   Uma obra de leitura fácil e atraente, com um enredo que envolve o leitor e o deixa em suspense, sobre o futuro do protagonista, até à última dezena de páginas.

 

 

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06
Ago07

Aspectos do Comércio entre Angola e S. Tomé e Príncipe

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Mapa de S. Tomé e Príncipe publicado em 1955.

 

   Os 23 conhecimentos de embarque da Empresa Nacional de Navegação consultados, referentes ao período entre 1885 e 1905, incluem 12 documentos de exportação de Angola para S. Tomé – 1 de Porto Alexandre [Tombua], 6 de Moçâmedes [Namibe], 1 de Benguela e 4 de Novo Redondo [Sumbe].

   As exportações de Angola eram constituídas pelo seguinte – de Porto Alexandre, peixe seco; de Moçâmedes, bois, peixe (sem indicação de qualquer tratamento) e peixe seco; de Benguela, carne, fubá e tabaco; e de Novo Redondo, aguardente, feijão, fubá e mantimentos não especificados.

   As exportações de Porto Alexandre foram efectuadas pela Companhia de Moçâmedes; as de Moçâmedes por Manuel José Alves Bastos, posteriormente (pelo menos a partir de 1897), pela Viúva Bastos & Filhos, e por Torres & Irmão; as de Benguela por Francisco José Freitas; e as de Novo Redondo por Alexandre da Costa, Guimarães & Irmão, e Ferreira Marques e Fonseca.

   Em S. Tomé, os destinatários da mercadoria eram C. Palanque (peixe seco de Moçâmedes), Mateus de Bono Paula, administrador da Roça Monte Café (peixe seco de Porto Alexandre e peixe de Moçâmedes), Ricardo Spengler, e Joaquim Seixas (peixe de Moçâmedes).

   Até 10 de Julho de 1888, o imposto de selo pago na alfândega de S. Tomé, para produtos vindos de Angola, era de 60 reis, estando documentado um aumento para 80 reis a partir de 16 de Janeiro de1892.

 

Ilha do Príncipe - Roça Esperança: A ida para um pic-nic. Postal circulado em Fevereiro de 1922.

 

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03
Ago07

Navios e Rotas da Empresa Nacional de Navegação, 1885-1905

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Detalhe de um mapa de Angola publicado em 1955.

 

   A Empresa Nacional de Navegação, fundada no início da década de 1880 e antecessora da Companhia Nacional de Navegação (extinta pelo decreto-lei 138/85 de 3 de Maio, cujo termo de liquidação, após sucessivas prorrogações, foi fixado em 30 de Abril de 2001, pelo decreto-lei 119/2001 de 17 de Abril), explorou durante o final do século XIX e o princípio do século XX a rota a vapor da África Ocidental (Portuguesa).

   Entre 1885 e 1905, de acordo com os vários conhecimentos de embarque consultados, que obviamente representam apenas uma amostra do movimento portuário na época, a empresa utilizou, pelo menos, os seguintes navios – Ambaca, Angola, Benguela, Cabo Verde, Cazengo, Loanda, Portugal e S. Thomé.

   A rota destes navios a vapor estabelecia ligação entre Angola (partindo do sul, escalava os portos de Porto Alexandre [actual Tombua], Moçâmedes [actual Namibe], Benguela e Novo Redondo [actual Sumbe]), São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Portugal (Lisboa).

   Excepcionalmente, alguns destes navios efectuavam viagens não regulares para outros destinos, havendo notícia da chegada do vapor Loanda a Lourenço Marques, Moçambique, em 10 de Novembro de 1894, e da chegada do Cazengo dois dias depois. Estas viagens serviram para transportar tropas de Angola, que vieram reforçar as unidades moçambicanas durante o conflito que então se desenvolvia com os Vátuas. 

 

Recordação de Benguella - Ponte sobre o rio Catumbella. Postal do início do século XX.

 

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